sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Coisas Que Você Precisa Saber Sobre Tolkien

Por Brian Gottesman



A maioria dos leitores desse artigo provavelmente conhecem e amam o pai de O Senhor dos Anéis. Mas há muitas coisas que até mesmo os fãs mais ardorosos não sabem sobre John Ronald Reuel Tolkien. Aqui estão alguns fatos que considero precioso.
Ele tinha um dom para o dramático
Como linguista e especialista em Inglês Antigo e Literatura Nórdica Antiga, Tolkien foi professor na Universidade de Oxford de 1925 até 1959. Ele também era um incansável instrutor, ensinando entre 70 e 130 palestras por ano. Mas a melhor parte é a maneira como ele dava essas aulas. Apesar de calmo e pretensioso em público, Tolkien não era o típico professor reservado de Oxford.  Ele era conhecido por entrar repentinamente nas salas de aula, às vezes vestido com armadura e berrando as primeiras linhas de Beowulf. Como um de seus alunos disse: Ele poderia transformar uma sala de aula em um salão de hidromel.

Ele não compartilha o seu entusiasmo por Hobbit
Tolkien via-se primeiro como um estudioso, segundo como escritor. Ele sempre se irritava porque seus trabalhos acadêmicos foram em grande parte desconhecido pelo público em geral, que se focavam para seus escritos de fantasia. O Hobbit e O Senhor dos Anéis foram tentativas de Tolkien para construção de um mito e o sucesso destes o pegou desprotegido. Na verdade, ele passou anos rejeitando, criticando e adaptando retalhos de seu trabalho que não acreditava ter alcançado o objetivo de ser épico e nobre. Ele também era completamente cético em relação a maioria dos fãs de O Senhor dos Anéis, achava-os incapazes de realmente apreciar a obra e provavelmente ficaria horrorizado ao ver hoje alguns fãs fantasiados como Legolas.

Ele adorava seu trabalho
Para Tolkien, a escrita de ficção-fantasia era apenas um hobby. As obras que considerava mais importante eram seus trabalhos acadêmicos, que incluía Beowulf: os montros e os críticos, uma tradução moderna de Sir Gawain e o Cavaleiro Verde.

Ele era completamente romântico (e tem sua lápide para provar isso)
Aos 16 anos, Tolkien se apaixonou por Edith Bratt, três anos mais velha. Seu tutor, um padre católico, ficou horrorizado com isso e ordenou que o menino não tivesse nenhum contato com Edith até completar 21 anos. Tolkien obedeceu, ansiando pelo passar dos anos até que no dia fatídico, se encontrou com ela debaixo de um viaduto ferroviário: ela havia rompido seu noivado com outro homem, se convertido ao catolicismo e assim Tolkien e Edith se casaram para o resto de suas vidas. À pedidos de Tolkien, sua lápide contém o nome do casal e o nome de Beren e Luthien, famoso casal do seu mundo de ficção.
 
Sua relação com C.S. Lewis não era como dizem ser
Colega de Tolkien em Oxford, C.S. Lewis (autor de As Crônicas de Nárnia) é frequentemente identificado como seu melhor amigo e confidente mais próximo. Mas a verdade é que os dois tinham uma relação um pouco problemática. No início, eram muito próximos. Mas a esposa de Tolkien, Edith, tinha ciúmes de sua amizade. E foi Tolkien que convenceu Lewis a retornar ao cristianismo, porém a amizade esfriou e Tolkien percebeu que seu colega tinha inclinações anti-católicas e uma vida pessoal muito escandalosa. Embora os dois tenham tido uma reconciliação, no final da vida, Tolkien nunca apreciou os escritos de Lewis, considerando-os infantis e mal-concebidos.

Ele gostava de clubes literários
Onde quer que Tolkien estivesse, ele estava intimamente envolvido na formação de grupos acadêmicos. Como professor da Universidade de Leeds, por exemplo, formou o Clube Viking. E durante sua passagem em Oxford, ele formou a Inklings, um grupo de discussão literária.

Ele não mentia sobre as cenas de guerra
Tolkien era um veterano da Primeira Guerra Mundial e serviu como segundo-tenente no Batalhão da Força Expedicionária Britânica na França. Ele também esteve presente em alguns dos combates de trincheira mais sangrentos da guerra. As privações de Frodo e Sam em seu caminho para Mordor pode ter tido suas origens no tempo de Tolkien nas trincheiras, durante a qual ele contraiu uma febre crônica dos piolhos que o infestavam e que forçou seu retorno para casa. Muitos de seus amigos próximos morreram na guerra, dando-lhe uma profunda consciência da tragédia que brilha através de seus escritos.
Ele inventava línguas para se divertir
Um filósofo de profissão, Tolkien manteve sua mente exercitada inventando novas línguas, muitas das quais (como as línguas élficas Quenya e Sindarin) ele usou extensivamente em sua escrita. Ele ainda escreveu canções e poemas com seus idiomas fictícios. Além disso, Tolkien trabalhou para reconstruir e escrever em línguas extintas como o galês medieval. Seu poema 'Flower of the Trees' pode ser o primeiro trabalho original escrito em língua gótica em mais de um milênio.

Ele foi publicado quase tão produtivo postumamente como vivo
A maioria dos escritos devem se contentar porque seus trabalhos são produtivos durante a sua vida, mas não Tolkien. Seus rascunhos e anotações aleatórias, juntamente com os manuscritos que ele nunca se preocupou em publicar, foram editados, revisados, compilados, redigidos e publicados em dezenas de volumes após a sua morte, a maioria deles produzidos por seu filho Christopher. Enquanto a publicação póstuma mais famosa de Tolkien é O Silmarillion, outros trabalhos incluem A História da Terra Média, Contos Inacabados, Os Filhos de Húrin e A Lenda de Sigurd e Gudrun.



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